Já pensou em abrir uma empresa com alguém da família?

As empresas familiares costumam ser caracterizadas pela presença de conflitos entre os sócios, dificuldades para a transferência do comando (sucessão) e profissionalização

Cada vez mais, o trabalho deve substituir o conceito tradicional de emprego e uma alternativa encontrada por muitos é buscar o perfil empreendedor que há dentro de cada um. Criar uma empresa é uma tarefa desafiadora e que exige muita criatividade, garra, planejamento e desenvolvimento contínuo. Alguns entraves vão aparecer, mas é preciso seguir em frente com soluções diferenciadas, criativas e de baixo custo

Quem opta por esse caminho, na maioria das vezes acaba direcionando seus esforços à ação, sem antes trabalhar no planejamento, o que pode comprometer, e muito, o resultado final do negócio. Isso não quer dizer que fazer um planejamento é garantia de ótimos resultados, pois esse trabalho pode ser feito de uma maneira incorreta.

Por outro lado, quando o planejamento é feito de maneira estruturada, é possível ampliar as chances de sucesso e assim conseguir tanto a sobrevivência, quanto o crescimento da empresa.

Dentro do conceito de planejamento entra o plano de negócio, que deve ser feito antes da abertura da empresa. Dessa maneira, é possível visualizar o futuro de maneira mais ampla e estratégica. É neste momento que, na maioria das vezes, surge uma importante dúvida: Quem será meu sócio? Como resposta é comum que uma pessoa da família seja escolhida, já que traz com ela um dos critérios mais importantes, a confiança.

Atualmente, as empresas familiares representam uma significante parte no conjunto das empresas privadas existentes no país e no mundo. As empresas familiares costumam ser caracterizadas pela presença de conflitos entre os sócios, dificuldades para a transferência do comando (sucessão) e profissionalização.

Quando falamos sobre profissionalização, não quer dizer substituição total dos parentes por pessoas de fora. Podem existir membros da família que sejam qualificados e competentes para o exercício da atividade profissional.

Pesquisas nos mostram que 85% das empresas familiares têm conflitos, muitos deles abafados. Com o tempo, a prática de ignorar as discordâncias faz com que elas aumentem e fiquem incontroláveis – a empresa acaba sofrendo as consequências e pode até desaparecer.

Identificar esses conflitos é importante, mas conhecer suas verdadeiras causas é o que pode colaborar para a redução deles. Somada a este conhecimento, entra a comunicação intensa entre os familiares e a criação de regras claras de convivência, que precisam ser aceitas por todos.

Ter uma empresa pode trazer um grande orgulho para os integrantes da família, além de ser muito importante para a economia do nosso país. Porém, dentro da dinâmica deste tipo de companhia, alguns aspectos, devem ser observados de perto: sucessão, conflitos, desenvolvimento dos familiares, sócios, herdeiros e sucessores; centralização dos fundadores, relacionamentos familiares, estratégia, gestão e governança corporativa.

 
Fonte: https://administradores.com.br/